segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Maranhense inventa máquina de triturar cocos

Maranhense inventa máquina de triturar cocos

A preocupação com o destino dado aos cocos d’água após o consumo levou o empresário e produtor rural, Marcelino Lopes, 57 anos, a criar uma máquina capaz de triturar a fruta inteira com o objetivo de dar um destino ecologicamente correto às cascas do produto. O invento maranhense já está patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que tem a representação local na Secretaria de Estado da Indústria e Comércio (Sinc).
As cascas do coco verde correspondem a mais da metade do peso bruto do fruto e são geralmente dispostas em aterros e lixões, o que tem provocado um enorme problema aos serviços municipais de coleta de lixo em função do grande volume. A máquina criada pelo inventor maranhense, ao triturar todo o coco, transforma-o em uma fibra orgânica que pode ser usada como matéria-prima na confecção de diversos produtos de utilidade para a agricultura (adubo), na indústria da construção civil (cimento). Também pode ser empregada no artesanato em substituição a outras fibras naturais e sintéticas. O processamento, além de eliminar resíduo ao meio ambiente, proporciona a reutilização, a exemplo do que acontece com as latinhas de alumínio, onde já existe uma cadeia produtiva em torno de seu processo de reciclagem.
“A criação desta máquina levou quatro anos e minha intenção era colaborar com o meio ambiente. Fiz vários testes até chegar ao ponto que eu considerei ideal. Em seguida, procurei a Secretaria de Indústria e Comércio e solicitei a patente da minha invenção junto ao INPI”, conta Marcelino Lopes.
Marcas e patentes

De janeiro a outubro deste ano, o número de solicitações para registros de marcas e patentes junto ao INPI alcançou um total de 51. Ano passado, o número foi de apenas 43, sendo 40 marcas e três patentes.
Apesar do aumento, a procura ao INPI para o registro, por parte dos empresários e inventores, ainda é considerada baixa, de acordo com a coordenadora da representação do instituto no Maranhão, Déa Lourdes Furtado de Oliveira. Esse fato é atribuído, conforme avalia a coordenadora, ao desconhecimento das pessoas sobre o processo de registro de marcas e patentes. “Registrar uma marca e proteger um invento é simples e só traz vantagens, pois evita a pirataria e a concorrência desleal”, explica Déa Lourdes, ao ressaltar que uma marca sem registro não tem dono.
A marca é um sinal visual que identifica produtos e serviços, agregando valor a eles. O registro é a única garantia de que uma marca seja distinta e não possa ser igualada ou assemelhada a outras.
Já a patente é a pesquisa e o desenvolvimento para elaboração de novos produtos. É um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade. A sua proteção é um instrumento para que a invenção e a criação industrializável se tornem um investimento rentável.
O INPI é o órgão responsável não só pelo registro de marcas e concessão de patentes, como também pela averbação de contratos de transferência de tecnologia, de franquia empresarial, registro de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas.
Qualquer pessoa interessada em fazer o pedido de patente ou registro de marcas pode ir até a Sinc, no horário das 13 às 19h, onde encontrará maiores informações sobre o processo. A Secretaria fica localizada na Avenida Carlos Cunha, Edifício Nagib Haickel, Calhau (s/n°, sala 210).

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