São Luis - Em 2007, um trabalhador, funcionário da empresa Lavrita foi morto vítima de acidente. Naquela ocasião, ao constatar as péssimas condições de trabalho imposta aos funcionários, o sindicato entrou com uma ação no Ministério Público Federal do Trabalho.
Um grave acidente ocorrido por volta das 07h30 da manhã desta segunda-feira (19) no Píer III ceifou a vida de dois funcionários da Vale, ferindo mais cinco trabalhadores, sem muita gravidade. Os mortos são Hércules Nogueira da Cruz Silva, 35 anos, residente na Avenida do Contorno Norte Sul, Casa 46, bairro Cohatrac II e Ronilson da Silva, 33 anos. Ambos foram atingidos por uma bandeja de minério.
De acordo com o diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias dos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins (Stefem), Novarck de Oliveira, este é mais um de uma série de acidentes que vem correndo desde o ano de 2007, quando um trabalhador, funcionário da empresa Lavrita foi morto vítima de acidente. Naquela ocasião, ao constatar as péssimas condições de trabalho imposta aos funcionários, o sindicato entrou com uma ação o Ministério Público Federal do Trabalho.
Na representação, o Stefem cobrava que o porto fosse imediatamente interditado, o que de fato não ocorreu, causando no ano seguinte mais uma morte de outro trabalhador, o técnico mecânico Clemente Francisco Rodrigues Neto. No ano de 2009, outro grave acidente de trabalho envolvendo trabalhador da Vale ocorreu em Marabá morrendo naquela ocasião, o funcionário Paulo Pimentel.
Logo após o acidente, o presidente em exercício, Lúcio Azevedo e outros diretores do Stefem estiveram no local do acidente acompanhado do advogado José Guilherme Zagallo, que vem acompanhando o trabalho da Polícia Civil. Segundo Zagallo, a Polícia Civil já interditou toda a área onde os trabalhadores foram mortos, visando realizar uma perícia técnica buscando confirmar as causas do acidente.
Para o diretor de Comunicação do Stefem, Norvack de Oliveira, as causas do acidente são bastante conhecidas da direção do Sindicato. De acordo com o diretor, a produção cobrada pela mineradora, aliada ao horário fixo noturno e o ritmo acelerado de trabalho são as principais causas de todos esses acidentes. A direção do Sindicato procurou o gerente da área, mas não foi recebida. O Stefem, através de sua direção lamenta o ocorrido com seus sócios e vem mantendo contato direto com os familiares das vítimas.
Cautelar/Liminar – Em função deste ocorrido, o Stefem entrou com uma cautelar com o pedido de liminar objetivando interditar o porto, como já foi reclamado anteriormente. O presidente licenciado, Eduardo Pinto informou que ainda hoje o advogado José Guilherme Zagallo entra com a cautelar. O sindicalista informou, ainda, que os equipamentos utilizados no porto estão sucateados, colocando em risco a vida dos trabalhadores tanto da Vale, quanto das empreiteiras que prestam serviço è mineradora.
(ASCOM/Stefem) - Foto: Imirante
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