A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), muito antes de deixar o Palácio dos Leões, havia decidido que estava deixando a vida pública, mas não deu garantias de que sairia da vida política.
E deixou bem claro, assim que largou o cargo de governadora, que iria se dedicar integralmente à sua família. Amigos mais próximos e familiares enxergavam na decisão da ex-governadora as digitais do marido, o empresário Jorge Murad.
De fato, Murad não suportava mais a esposa quase sem tempo para a família, além de não ter o cuidado necessário para cuidar da própria saúde. Foi dele a sugestão de morar fora do Brasil e assim a família passou alguns meses na Flórida, nos EUA.
Mas diante do que vem acontecendo com os equívocos e desacertos do novo governo, as trapalhadas e a queda vertiginosa nos índices de aprovação da gestão de Flávio Dino, Roseana Sarney sentiu que é chegada a hora de voltar a fazer aquilo que mais gosta na vida: política.
Desde que retornou ao Maranhão tem recebido convites para conversas políticas e discutir o futuro do Maranhão. E para massagear o ego, ouve por onda passa o “eu era feliz e não sabia”, ou o “volta Roseana”.
Então, a ex-governadora voltou ao palco e encontrou um cenário favorável ao seu retorno. Já foi à Madre de Deus, berço cultural da cidade, que lhe devota fé e carinho, e foi bastante aplaudida nos terreiros juninos, esteve no Kitaro, onde teve que atender apelos para ser fotografada com jovens na balada.
E sempre acompanhada do carrancudo Jorge Murad, que agora voltou a se mostrar mais sorridente, Roseana tem recebido políticos na sua residência e começou a chamar o seu partido, o PMDB, para aproveitar o momento e ocupar espaços. Ou seja: ganhar notoriedade com o fracasso inicial da gestão de Flávio Dino.
Na sede do PMDB, em reunião com os caciques do partido (foto acima), ela não descartou a possibilidade de sair candidata a prefeita de São Luís agora em 2016. Com o nome bem colocado nas pesquisas (perde apenas para a deputada Eliziane Gama), a ex-governadora deixou claro que aceita o sacrifício.
Roseana Sarney, como acima descreve o texto, deixou a vida pública, mas não a política. O seu pai, o ex-senador José Sarney diz sempre que “em política só existe uma porta: a da entrada”. Como viver na política sem mandato e como peixe fora da água, é provável que esteja alicerçando mesmo o caminho de volta ao Palácio dos Leões em 2018.
Por essa razão, e como se estivesse olhando uma bola de cristal, nunca quis que Luis Fernando ou Edinho Lobão se elegessem governador. Foi a única a apostar desde cedo na vitória e no fracasso de Flávio Dino. É só anotar.
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