Adepta do bolsonarismo maniqueísta, patuleia “ordem unida” primeiro reclamou da decisão da juíza que tentou transferir Lula – achando ser este um pedido da defesa – depois, reclamou do STF porque queria o ex-presidente em Tremembé
Editorial
O titular do blog Marco Aurélio D’Eça sempre aponta em grupo de troca de mensagens que há um elã entre o perfil dos eleitores mais fanáticos do bolsonarismo e o perfil do próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Geralmente são evangélicos radicais, riquinhos recalcados com o avanço das classes menos favorecidas, militares autoritários, machistas inveterados e homofóbicos de toda sorte.
Gente que estava numa espécie de armário durante os governos progressistas de Fernando Henrique Cardoso a Dilma Roussef, passando pelos oito anos de Lula.
Este perfil bolsomínion já foi, inclusive, analisado no post “Os amantes da ditadura sempre andaram por aí..”
Essa turba viu no avanço da extrema direita pós-golpe de 2016 uma forma de sair do armário e gritar a plenos pulmões, expor o ódio que engoliram nesses anos todos e construir um Brasil só deles: machista, ultraconservador, de extrema direita, onde as liberdades individuais só serviriam para a própria manada bolsomínia.
A decisão desta quarta-feira, 7, da juíza Carolina Lebbos – de transferir, de uma hora para outra, o ex-presidente Lula, da prisão em Curitiba para o presídio de Tremembé, em São Paulo – expôs de forma indubitável a consciência política dessa massa “ordem unida”.
Os bolsomínions primeiro passaram a xingar a juíza, a proferir todos os impropérios típicos da “nação bolsonarista”, achando que a transferência era um pedido da defesa.
Depois, ao perceber tratar-se de mais uma arbitrariedade contra Lula, passaram a comemorar a decisão como uma espécie de sentença de morte do ex-presidente.
Mais tade passaram a odiar os ministros do Supremo Tribunal Federal, que corrigiram a agressão da juíza.
Mas se perguntar aos que gritam em prol de Bolsonaro – e contra tudo o que é diferente dele – essa massa não saberá sequer dizer o que, de fato, ocorreu nesta fatídica quarta-feira, 7 de agosto.
Este é o perfil da manada bolsomínia que vem seguindo o rebanho.
É simples assim…
Fonte: Marco Aurélio D'Éça.
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