As investigações do MP-RJ (Ministério
Público do Rio de Janeiro) sobre as movimentações suspeitas de recursos do
senador Flávio Bolsonaro (sem partido) começam a afetar as relações do governo
Bolsonaro.
Conforme apuração do colunista
do UOL Tales Faria, o
presidente tem atribuído a "uma armação" do governador do Rio de
Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Porém, Bolsonaro também está irritado com
o ministro da Justiça, Sergio Moro.
O presidente disse a assessores mais
próximos que Moro "anda muito esquisito". Na visão de Bolsonaro, ou o
ministro perdeu o controle da PF (Polícia Federal) ou está "fazendo corpo
mole". Ele esperava uma "atitude mais firme" sobre os
subordinados.
Essas desconfianças sobre Moro e
Witzel têm em comum as eleições presidenciais de 2022. O ex-juiz se consolidou como
ministro mais bem avaliado do governo e tem apoio popular superior ao de
Bolsonaro, como mostrou o Datafolha. Witzel, por outro lado, já
declarou interesse na disputa.
Rachadinha
O MP diz que Flávio Bolsonaro lavou
até R$ 2,3 milhões com imóveis e loja de chocolates. O uso de grande
quantidade de dinheiro vivo é exemplo de semelhança dos casos. A origem dos
recursos é o esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio à época em
que estava na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
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