Levantamento do instituto Infotracker, da Universidade de São Paulo, aponta que ao menos 14 estados e o Distrito Federal devem ficar sem estoque da vacina produzida pelo Instituto Butantan antes que o Ministério da Saúde faça novas remessas da vacina contra a covid-19. A reportagem é de Leonardo Martins.
A falta de insumos e a suspensão da produção da CoronaVac impactam essa projeção. Esta é a vacina contra a covid-19 mais utilizada no país.
O governo da China avisou ontem ao Instituto Butantan que vai enviar no próximo dia 26 apenas 3.000 litros de insumos para a CoronaVac, o que é suficiente para produzir 5 milhões de doses do imunizante. A previsão anterior, comemorada pelo governador João Doria (PSDB) no Twitter, era de 4.000 litros —que gerariam 7 milhões de doses.
Ao todo, o contrato com a Sinovac prevê a liberação de 10 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), o que permitiria produzir 18 milhões de aplicações.
Doria tem colocado a culpa desses atrasos nas críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à China. Bolsonaro já fez alusão de que a China estaria promovendo uma "guerra química" e se beneficiando economicamente da pandemia.
Já o Ministério das Relações Exteriores dá outra justificativa, dizendo que a demora é consequência da alta demanda de vacinas da China, e descarta retaliação diplomática ao Brasil.
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