segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Ataques em Brasília: intervenção no DF, governador afastado e 300 presos



Lula decretou intervenção na área de segurança pública no Distrito Federal até dia 31 de janeiro, depois da invasão do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto. O ministro do STF Alexandre de Moraes fez mais: afastou o governador Ibaneis Rocha por 90 dias e emitiu uma série de ordens:

  • desocupação e dissolução em 24 horas dos acampamentos;
  • apreensão e bloqueio dos ônibus que levaram terroristas;
  • proibição de entrada de ônibus e caminhões com manifestantes;
  • coleta, pela Polícia Federal, de imagens de câmeras para ajudar a identificar os terroristas.

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Convocado por Rodrigo Pacheco, o Congresso interrompe o recesso para votar o decreto de Lula.

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Lula, que estava em Araraquara (SP) durante os ataques, voltou a Brasília, vistoriou o Palácio do Planalto e se reuniu no que sobrou do STF com a presidente do tribunal, Rosa Weber. Hoje o presidente deve se reunir com governadores e os chefes do Legislativo e do Judiciário para discutir os ataques.
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A Polícia Civil disse que 300 pessoas foram presas depois dos atos de vandalismo. Segundo criminalistas, os participantes das invasões podem pegar até 15 anos de prisão. Parte de quem não foi preso foi (ou voltou) para o acampamento montado na frente do quartel-general do Exército.
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Balanço parcial do dano provocado pelos baderneiros: armas levadas da sala do GSI no Planalto, fogo, saques, obra de Di Cavalcanti rasgada.
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Além de não impedir a ação dos vândalos, a PM do Distrito Federal escoltou os bolsonaristas até a Praça dos Três Poderes.
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A AGU pediu a prisão do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, que tinha sido ministro da Justiça de Bolsonaro.
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EUAFrançaArgentinaMéxico e outros países manifestaram repúdio às invasões. "Foi ultrajante", segundo Joe Biden. A ONU condenou o "assalto à democracia"Jamil Chade conta que pela primeira vez em décadas, organismos internacionais serão acionados para sair em defesa da democracia brasileira.
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Foi terrorismo, dizem Wálter Maierovitch e Leonardo Sakamoto. Para Josias de Souza, o quebra-quebra no dia da diplomação de Lula foi um ensaio para o terror de ontem. Com o terrorismo doméstico, importamos o pior que vem dos EUA, analisa Fernanda Magnotta.
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Segundo a Agência Lupa, a convocação para a invasão do Congresso já era feita dia 5 no WhatsApp.
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Governadores condenaram a violência. Até o bolsonarista Tarcísio de Freitas se manifestou, mas golpistas bloquearam a avenida 23 de Maio, em São Paulo, com pedidos de intervenção.

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RESCALDO DA ELEIÇÃO

Quem não votou no segundo turno tem até hoje para fazer a justificativa.

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CERCADINHO

Uma convocação falsa para alistamento de civis contra o governo Lula mobilizou 170 mil bolsonaristas. Era só um convite para assinar um boletim.
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A gestão Bolsonaro disse que filhas de uma mulher que morreu de covid depois de ficar sem oxigênio tentam enriquecer.

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MUNDO DO CRIME

"Minha Casa Minha Milícia": como grupos armados dominam condomínios no Rio.

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