Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou os 5 principais truques cibernéticos que os bandidos usam para induzir as vítimas a realizar o pagamento. Veja dicas para se proteger.
Um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou os 5 golpes cibernéticos mais comuns em que os bandidos conseguem induzir a vítima a fazer um PIX ou uma transferência bancária.
Veja como os bandidos agem e
dicas para não ser vítima a seguir.
Golpe do 0800
Como é: neste golpe, os bandidos enviam
uma mensagem de SMS para a vítima, se passando por um banco e informando de uma
transação suspeita de uma compra de alto valor, pedindo para a pessoa entrar em
contato com uma suposta central de atendimento para receber auxílio.
A mensagem em questão é enviada por um número 0800, para passar confiança à vítima. Mas o engenheiro da computação Lucas Lago afirma que esses números não são tão difíceis de conseguir.
"Hoje em dia, é muito barato de você conseguir o número 0800. [...] Dá para você pagar R$ 50 para ter o número. E você gasta R$0,60 por minuto de ligação. É um investimento muito baixo, né?", explica.
Como a
compra é falsa, ao ligar para a suposta central de atendimento, o golpista diz
que a transação está em análise e que por isso ainda não aparece na fatura do
cliente.
A vítima, então, é induzida a fornecer dados pessoais, fazer uma
transação para "regularizar" a situação ou baixar algum software
espião que pode dar aos criminosos acesso completo ao seu
celular.
Como não ser vítima: nunca
se deve ligar para números recebidos por mensagens, mesmo os que comecem 0800.
Caso queira ligar para o seu banco, o ideal é consultar o número no verso do
cartão de crédito ou débito.
Ao g1, a
Febraban disse que os bancos ligam para os clientes para confirmar transações
suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais
nestas ligações. De mesma forma, os bancos não pedem para que clientes façam
transferências ou PIX ou qualquer tipo de pagamento para supostamente
regularizar problemas na conta.
Além disso, os bancos nunca ligam para fazer um estorno de transação através de um telefonema.
Golpe da tarefa
Como é: este golpe tem se tornado comum,
explorando o desejo das pessoas de ganhar dinheiro de forma fácil e rápida na
internet, explica Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança
Cibernética (Abraseci).
Usando
aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, os
golpistas prometem pagamentos por tarefas aparentemente simples, por exemplo,
curtir publicações, seguir perfis, fazer comentários.
Em algum
momento, os
golpistas podem pedir um pequeno investimento inicial para "liberar"
ou "aumentar" os ganhos, ou solicitam informações pessoais e dados
bancários sob o pretexto de pagamento. Mas o valor
prometido pelo bandido nunca é enviado.
Como não ser vítima: a
Febraban recomenda sempre a desconfiar de uma proposta de trabalho que seja
preciso pagar antes de receber o dinheiro, bem como de promessas de vantagens
exageradas. E a jamais depositar dinheiro na conta de quem quer que seja com a
finalidade de garantir uma oportunidade ou um negócio.
"Se
algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Dinheiro fácil,
especialmente por tarefas simples, é um grande indicador de golpe", diz
Kin.
Golpe da clonagem do WhatsApp
Como é: o criminoso envia mensagens pelo
WhatsApp fingindo ser de uma empresa que a vítima tem cadastro. O bandido,
então, pede para ela passar um código de segurança, que já foi enviado por SMS
pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou
confirmação de cadastro.
Com esse
código, o criminoso
consegue acessar a conta de WhatsApp em outro celular e enviar mensagens para
os contatos da pessoa, se passando por ela, pedindo
dinheiro emprestado via PIX.
Como não ser vítima: a
Febraban recomenda o uso da opção de "Verificação em duas etapas"
do seu aplicativo para evitar clonagens.
Golpe de engenharia social com WhatsApp
Como é: um pouco parecido com o golpe anterior,
neste caso, o bandido
não usa o contato verdadeiro da vítima, mas sim um novo número. Para
ficar com uma aparência legítima, ele cadastra com o nome da pessoa e coleta
fotos em suas redes sociais.
Com o
novo perfil no WhatsApp feito, o bandido envia mensagens aos contatos da
vítima, dizendo ter trocado de número, e pede dinheiro, dizendo ser uma
emergência.
Como não ser vítima: é
importante tentar entrar em contato com o verdadeiro dono da identidade por
meio do número antigo, preferencialmente por ligação telefônica, antes de fazer
qualquer transferência, recomenda Kin.
Além
disso, o ideal é sempre deixar as suas redes sociais restritas, dificultando o
acesso dos bandidos aos dados pessoais e sempre desconfiar de pedidos de
dinheiro inesperados.
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Veja aqui como controlar quem
vê a sua foto do perfil do WhatsApp
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