Legendas, que terão as maiores fatias do Fundo Eleitoral, lançaram candidatos ou integram coligações em todas as 26 capitais em disputa. Veja quem está com quem em cada uma delas.
15/08/2024 05h02 Atualizado há
32 minutos
A oposição entre o PL de Jair Bolsonaro e
o PT de Lula no nível
nacional vai se repetir na maioria das disputas pelas prefeituras das capitais
na eleição de 2024.
As duas legendas, donas das maiores fatias do
Fundo Eleitoral de 2024 (R$ 887 milhões para o PL e R$ 620 milhões para o PT),
vão ser adversárias em 25 das 26 capitais. Os dois partidos serão aliados em
apenas uma – São Luís.
A oposição entre o PL de Jair Bolsonaro e
o PT de Lula no nível
nacional vai se repetir na maioria das disputas pelas prefeituras das capitais
na eleição de 2024.
As duas legendas, donas das maiores fatias do
Fundo Eleitoral de 2024 (R$ 887 milhões para o PL e R$ 620 milhões para o PT),
vão ser adversárias em 25 das 26 capitais. Os dois partidos serão aliados em
apenas uma – São Luís.
Veja como PT e PL se posicionaram nas capitais
Os dados constam das atas das convenções
partidárias, eventos que tinham de ser realizados até 5 de agosto, pelos
partidos para definir como vão se posicionar nas disputas de cada cidade do
país.
Nesses documentos, as legendas informam se vão
lançar candidatos, não vão, ou se vão integrar coligações.
Segundo esses documentos:
O PL vai lançar candidaturas próprias em 14
capitais;
Em outras 12, o PL vai apoiar candidatos de
outros partidos (MDB, PSD, União Brasil, PRD ou PSB);
O PT, por sua vez, terá candidaturas próprias
em 13 capitais;
E, em outras 13, o PT vai apoiar candidaturas
de outros partidos (PSOL, PV, PSB, MDB, PSDB, PDT ou PSD).
Em 2020, PL e PT não conseguiram eleger
prefeitos em nenhuma das capitais. Naquele ano, o partido - que ainda não tinha
o então presidente Bolsonaro como integrante - venceu as disputas em 345
cidades, 16% a mais que em 2016. Já o PT elegeu 183 prefeitos, uma queda de
28%.
🤝 Em São Luís, candidato conta com
apoio de PL e PT
Em São Luís, PL e PT integram a coligação
– ambos
estão apoiando Duarte Jr., do PSB, partido do vice-presidente Geraldo
Alckmin e que comanda o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da
Empresa de Pequeno Porte.
"As alianças estão confirmadíssimas. Está
tudo certo, tivemos a convenção, foi muito bonita. Colocamos na mesma foto
tanto o presidente do PT [local] quanto o presidente do PL [local], unidos na
nossa frente ampla em prol da cidade", disse Duarte Jr., que disputa o
cargo pela 2ª vez, ao g1.
O candidato afirma que espera receber apoio
explícito de Lula (PT), por meio de vídeos de campanha e da participação do
presidente em um comício em setembro, e rejeita o de Bolsonaro.
"Não representa aquilo que a gente quer
para a cidade", diz.
Na capital do Maranhão, Bolsonaro deve apoiar
Yglésio Moyses, PRTB, partido que está aliado ao PL também em Porto Velho e
Salvador.
"Da minha parte, há um grande interesse em
ele estar do nosso lado e nós do lado dele aí em São Luís", disse
Bolsonaro, num vídeo ao lado de Yglésio divulgado há duas semanas pelo
candidato.
Francimar Melo, presidente estadual do PT no
Maranhão, afirmou que as normas do partido não vedam a união com nenhuma
legenda, e que a coligação com o PL e mais 10 partidos (PSB, União, Avante,
Podemos, PP, PRD e as federações PT-PV-PCdoB e PSDB-Cidadania) foi criada para
derrotar um adversário comum.
"Como a gente tem uma relação muito boa
com a direção do partido [PL] aqui do estado, diferente de outros estados,
vemos que há uma possibilidade real de unificar em torno de tirar São Luís
dessa má gestão (e se alinhar) em torno do projeto do PSB" disse.
O PL do Maranhão e o Diretório Nacional do
partido foram procurados, mas não se manifestaram até a publicação desta
reportagem.
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