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Ao lidar com Maduro, Brasil vira o adulto na sala |
Rodrigo Barradas |
"O governo brasileiro constata com surpresa o tom ofensivo adotado por manifestações de autoridades venezuelanas em relação ao Brasil e aos seus símbolos nacionais. A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo". Assim o Itamaraty respondeu ao ataque grosseiro do governo de Maduro a Lula. Lembrou também o papel que o Brasil desempenhou como testemunha nos Acordos de Barbados, que buscavam assegurar lisura na eleição do país vizinho e que o ditador, ao fraudar o pleito, mandou às favas. "Essa nota do Brasil foi extremamente polida", comenta Leonardo Sakamoto no UOL News. "Não atacou nem xingou o Maduro. Que é exatamente o que o Maduro queria. O Maduro adoraria uma resposta do mesmo tom para poder fazer essa escalada". Josias de Souza arremata: "Foi como se Lula, valendo-se da intermediação do Itamaraty, devolvesse a Maduro o conselho que recebeu dele meses atrás. O que o governo brasileiro disse ao ditador, com outras palavras. foi mais ou menos o seguinte: 'Se Maduro não está satisfeito com a moderação do Brasil, que tome chá de camomila'".
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