terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

China retalia tarifas de Trump; Canadá e México ganham prazo

 

Porto de Nanquim, no leste da China

Porto de Nanquim, no leste da China

STR / AFP

China retalia tarifas de Trump; Canadá e México ganham prazo

A China anunciou hoje tarifas e restrições a importações de produtos americanos a partir de segunda-feira. As medidas são uma retaliação contra as tarifas de 10% impostas por Donald Trump às compras de produtos chineses, que entram em vigor nesta terça.

Carvão e gás liquefeito de petróleo americanos pagarão uma taxa de 15% para entrar na China. Petróleo, máquinas agrícolas, picapes e outros veículos pesados terão sobretaxa de 10%.

A China também abrirá uma investigação sobre práticas monopolísticas do Google e imporá controles sobre a exportação para os EUA de 25 metais raros.

Trump suspende tarifas contra México e Canadá

Os EUA suspenderam por um mês a aplicação de tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá, que deveriam entrar em vigor hoje.

As suspensões foram anunciadas depois que os dois países se comprometeram a reforçar o combate ao narcotráfico, sobretudo de fentanil, em suas fronteiras com os EUA.

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, prometeu enviar dez mil soldados para a fronteira. Segundo Sheinbaum, os EUA também se comprometeram a evitar o tráfico de armas pesadas para o México, onde abastecem os cartéis da droga.

O premiê canadense, Justin Trudeau, afirmou que o Canadá vai "nomear um czar encarregado da questão do fentanil e acrescentar os cartéis mexicanos na lista de entidades terroristas".

Equador anuncia tarifas contra o México

O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou ontem um imposto adicional de 27% sobre as importações do México.

Em uma mensagem na rede social X, Noboa disse ser favorável a um acordo de livre comércio entre os dois países, "mas não quando há abuso".

O anúncio ocorre na esteira da adoção pelos EUA de uma política de elevação de tarifas de importação e às vésperas da eleição presidencial no Equador, em que Noboa é o favorito.

No ano passado, o México rompeu relações diplomáticas com o Equador, após Noboa ordenar a invasão da embaixada mexicana em Quito e a prisão do ex-vice-presidente Jorge Glas, ligado ao ex-presidente Rafael Correa e condenado em um processo a partir de provas levantadas pela Operação Lava Jato.

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