A vida do jardineiro Adolfo, de 70 anos, mudou muito desde o dia em que ficou conhecido em todo o Brasil como o mais novo milionário do País, embolsando R$ 72 milhões no prêmio da Mega-Sena da Virada. Apesar de ter recebido uma bolada, os amigos dizem que o homem passou a apresentar sinais de tristeza e desânimo, e fala melancólico pelos cantos, que “a pior coisa que aconteceu em sua vida foi ter recebido tanto dinheiro”. Sem poder voltar para sua cidade, Santa Rita do Passa Quatro, a 160 quilômetros de Campinas, ele permanece em outro município e manda, a conta-gotas, poucas notícias para um seleto grupo de amigos. Pai de 11 filhos, distribuiu R$ 5 milhões para cada um.
Com os R$ 17 milhões que sobraram não realizou seu sonho: comprar a Fazenda Santa Urbana, onde trabalhou como administrador durante 20 anos. A fazenda hoje é reservada ao cultivo de laranjas e vale cerca de R$ 4 milhões. A reportagem do Correio entrou em contato com o dono da propriedade, que se identifica apenas como “Júnior”. Ele comprou as terras do antigo dono e ex-patrão de Adolfo, e não chegou a conhecer o jardineiro, apenas um de seus filhos.
“Eu não conheci o Adolfo. Soube pela mídia que ele tinha trabalhado na Santa Urbana. Até agora, não recebi nenhuma proposta de compra e nenhum contato em nome dele. Acho difícil ele querer comprar essas terras”, disse. Com todo o dinheiro que recebeu, o aposentado poderia comprar 18 fazendas do porte da Santa Urbana.
O fazendeiro fala em especulações e boataria. “Desde que Adolfo ganhou na Mega-Sena, muitas pessoas falam que eu já vendi a fazenda. Mas nada disso é verdade. Não sei se venderia. Não recebi propostas.”
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