sexta-feira, 27 de junho de 2025

Cid diz à PF que defesa de Bolsonaro cercou sua família para travar delação.


O ex-ajudante de ordem de Bolsonaro relatou à Polícia Federal diversos episódios de abordagens dos advogados à sua esposa, Gabriela, à sua mãe, Agnes, e a uma de suas filhas, de 14 anos. O objetivo era convencê-lo a trocar a equipe de defesa para não levar adiante sua delação premiada. Cid disse que as ações foram feitas pelos advogados Fábio Wajngarten e Paulo Cunha Bueno, da defesa de Jair Bolsonaro, e também por Eduardo Kuntz, que atuou em conjunto com esse grupo, mas era da defesa do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro. Segundo o colunista do UOL Aguirre Talento, Cid contou que, em maio de 2023, após ser preso pela primeira vez pela Polícia Federal, recebeu uma visita na prisão de Wajngarten e Kuntz. Depois disso ele assinou um acordo de delação premiada e os advogados passaram a pressionar sua família para que ele substituísse o criminalista Cezar Bitencourt, responsável por seu acordo de colaboração, por um advogado alinhado ao grupo. Leia mais.

STF manda PF ouvir advogados ligados a Bolsonaro por suspeita de obstruir investigação. O ministro Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal ouvir Fabio Wajngarten e os advogados de Jair Bolsonaro e Marcelo Câmara após Mauro Cid acusá-los de terem abordado a sua família. A PF marcou os depoimentos para a próxima terça-feira, na mesma hora. Segundo Moraes, eles devem esclarecer suposta prática de obstrução de investigação. Os advogados de Cid entregaram voluntariamente à Polícia Federal o celular de sua filha adolescente, por meio do qual, segundo eles, teriam ocorrido as abordagens dos advogados em mensagens de WhatsApp.

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