O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cancelou ontem o cronograma que havia anunciado para a sabatina de Jorge Messias, indicado pelo presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal. Alcolumbre, que é contra a indicação de Messias e defende Rodrigo Pacheco para o cargo, havia marcado a sabatina para o dia 10 de dezembro, mas o Senado ainda não recebeu a comunicação formal da indicação e, sem isso, não pode decidir se aceita ou não o indicado. O presidente da Casa disse ver interferência do governo Lula no cronograma e citou "omissão grave" do Planalto. Em nota de tom duro, Alcolumbre disse que o Senado foi "surpreendido com a ausência do envio [do Executivo] da mensagem escrita referente à indicação". "Essa omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes". O adiamento dá mais tempo para Messias conversar e convencer os 41 senadores que são necessários para aprovarem o seu nome, mas também faz com que o controle sobre o processo volte para as mãos de Alcolumbre. Parlamentares ouvidos pelo UOL dizem que a sabatina pode ficar para 2026. Após críticas de Michelle, PL pausa apoio a Ciro Gomes no Ceará. O senador Flávio Bolsonaro disse ontem que houve um "ruído de comunicação" com Michelle Bolsonaro, depois de a ex-primeira-dama contestar uma aliança do partido no Ceará, e que o partido decidiu "pausar" o acordo. O filho de Bolsonaro disse que Michelle não sabia do acordo que apoiaria a candidatura de Ciro Gomes. Nota divulgada após reunião do PL informa que o líder da sigla em Fortaleza, André Fernandes, continua à frente das negociações com o PSDB, mas que a estratégia a ser adotada será definida "após análise e aprovação, por parte da cúpula nacional e da presidência estadual do partido, das alternativas e projetos que serão apresentados" por ele. Antes de o PL suspender as negociações de apoio a Ciro Gomes, líderes políticos do Ceará se reuniram na Assembleia Legislativa e criticaram duramente a ex-primeira-dama. "O que aconteceu ali foi um estupro político que eu não posso aceitar", disse a deputada estadual Dra. Silvana. Ela disse ainda que Michelle "passou do limite e desrespeitou todas as lideranças locais". Lula liga para Trump e pede saída de mais itens do tarifaço. Em uma conversa de cerca de 40 minutos, o presidente brasileiro pediu ao norte-americano que outros produtos tarifados sejam discutidos, após elogiar a retirada de parte da taxação de 40% para carne, café e algumas frutas. Entre os produtos brasileiros que permanecem sobretaxados pelos EUA estão equipamentos de terraplanagem, produtos eletrônicos e transformadores, aeronaves e peças aéreas, têxteis e vestuário de lã, café instantâneo/solúvel, pneus e borracha industrializada, madeira perfilada e compensada e peças de turborreatores. Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, Lula também pediu ajuda dos EUA para o combate ao crime organizado. "[O presidente] destacou as recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal com vistas a asfixiar financeiramente o crime organizado e identificou ramificações que operam a partir do exterior". Leia mais. Comissão do Senado aprova aumento de tributação sobre fintechs e bets. A Comissão de Assuntos Econômicos aprovou o projeto de lei que aumenta a tributação sobre fintechs e empresas de apostas online para compensar a perda de arrecadação que estados e municípios devem ter com o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais. A aprovação na comissão, pelo placar de 21 votos a 1, ocorreu em caráter terminativo, e o projeto pode ir para análise da Câmara dos Deputados sem precisar de aprovação do plenário do Senado. O texto estabelece que a nova arrecadação seja direcionada à seguridade social, com prioridade para ações na área da saúde. O projeto também dá mais força para o Ministério da Fazenda negar autorizações ao funcionamento de bets quando houver dúvidas sobre a idoneidade. Entenda. |
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