A segunda pesquisa Datafolha no segundo turno da eleição presidencial apresenta um cenário de estabilidade. Dilma Rousseff (PT) tem 54% dos votos válidos (excluem brancos, nulos e indecisos), contra 46% de seu oponente, José Serra (PSDB).
Os dados são exatamente os mesmos registrados em levantamento realizado na semana passada. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A taxa de indecisos, porém, oscilou para cima e agora está em 8% (era 7% na pesquisa anterior). Os que pretendem anular o voto ou votar em branco, 4%, eram em número idêntico na semana anterior.
Em votos totais, a petista registrou uma leve oscilação para baixo, passando de 48% para 47%, enquanto o tucano se manteve com 41%.
Para o Datafolha, essa oscilação se explica por uma queda de 3 pontos percentuais entre o eleitorado de menor escolaridade, que representa 47% do total de eleitores no Brasil.
Ontem a CNT/Sensus divulgou levantamento mostrando os dois candidatos em situação de empate técnico. Serra até usou esses dados em seu programa da noite desta sexta-feira. Oh, mico!
Religião
Os temas religiosos que dominaram esta etapa da campanha, como aborto e casamento homossexual, parecem não ter influenciado o eleitorado.
Entre os católicos, por exemplo, que são maioria na população brasileira, a ex-ministra tem 51% contra 38% do ex-governador de São Paulo, números semelhantes aos registrados na semana passada (o tucano oscilou um ponto para cima).
No grupo de evangélicos não pentecostais a candidata petista cai quatro pontos, enquanto Serra oscila positivamente dois pontos. Essa faixa representa 6% do eleitorado.
Curiosamente, a maior movimentação ocorre justamente no grupo dos que se declaram sem religião, em que Dilma caiu cinco pontos percentuais, e Serra cresceu cinco (a petista ainda vence por 45% a 40%). O grupo também representa 6% do eleitorado.
Marina
O apoio de Marina Silva poderia influenciar no voto de 25% dos entrevistados, segundo o Datafolha. Entre os que votaram na candidata verde no primeiro turno, 51% dizem optar por Serra agora, contra 23% que declaram o voto em Dilma (oscilação positiva de um ponto com relação à pesquisa anterior –o tucano manteve o patamar). Pretendem votar em branco ou anular o voto 11%, enquanto 15% dos eleitores de Marina estão indecisos.
Rejeição
Entre os que dizem não votar em Serra, a rejeição ao candidato tucano passou de 63% para 66%. No caso de Dilma, o número de eleitores que não declaram voto na petista e não votariam nela de jeito nenhum oscilou um ponto para baixo, caindo de 68% para 67%.
A pesquisa foi feita nos dias 14 e 15 de outubro com 3.281 eleitores de 202 municípios brasileiros e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Os contratantes do levantamento, registrado no TSE sob o número 35.746, são a Folha e a Rede Globo. Leia mais aqui.
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