quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Bolsonaro já viu o custo da energia eleger e derrubar candidaturas

O preço do gás de cozinha, da gasolina e da luz elétrica tanto pode eleger como pode derrubar o sonho eleitoral de qualquer candidato à presidência. Segundo o colunista Tales Faria, Bolsonaro sabe muito bem disso e de que sua situação política pode piorar já que vem acompanhada de escândalos familiares.

O anúncio da nova bandeira tarifária por "escassez hídrica", de R$ 14,20 reais por cada 100 kilowatts-hora pode ser um problema para o presidente.

Fernando Henrique Cardoso, em seu segundo mandato, enfrentou a crise hídrica e um apagão elétrico, que teve como consequência um racionamento, aumento do custo da energia, anúncio de privatizações e queda da popularidade do presidente. FHC não conseguiu eleger seu sucessor. O tucano José Serra foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.

A investigação do Ministério Púbico, junto com a CPI, a recessão da economia, a inflação, o aumento de custo da energia e a pandemia, tudo isso derruba a popularidade do presidente da República. E tende a jogar por terra seus sonhos de reeleição.

Para Faria, esse é o motivo que faz Bolsonaro começar a enxergar como única solução uma virada de mesa — derrubar todas as peças do xadrez e autoproclamar-se vitorioso, na marra.

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